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Autor(es): Damato, Marcos André Araújo.
Título: As dificuldades e os prejuízos decorrentes do foro privilegiado para as investigações de combate à corrupção
Título(s) alternativo(s): Difficulties and losses arising from the privileged forum for anti-corruption investigations
Dificultades y pérdidas derivadas del foro privilegiado de las investigaciones anticorrupción
Data da publicação: 2022-05
Fonte de publicação: Revista brasileira de ciências policiais, v. 13, n. 9, p. 321-353, mai./ago. 2022
Editora: Academia Nacional de Polícia
Tipo: Artigo de revista
Resumo: Este trabalho trata das dificuldades e prejuízos decorrentes do foro privilegiado para as investigações policiais de combate à corrupção. O foro privilegiado consiste na previsão em nossa Constituição Federal de que, em caso de crimes cujos autores (ou possíveis autores) sejam determinadas autoridades públicas, a investigação e ação penal estarão vinculadas a algum tribunal específico e não aos juízes de primeiro grau, como ocorre com os demais investigados e acusados. Inicialmente demonstra-se que o foro privilegiado viola o princípio constitucional da igualdade, pois é um instituto jurídico elitista que visa proteger indevidamente pessoas que ocupam altos cargos, e que as investigações e ações penais vinculadas originariamente a tribunais, em regra, são ineficientes, gerando impunidade. A metodologia utilizada baseia-se no estudo da legislação nacional, jurisprudência, doutrina e nas experiências profissionais do autor como Policial Federal atuante no combate à corrupção. Nos capítulos dedicados aos resultados, são apontadas dificuldades e prejuízos às investigações de combate à corrupção decorrentes do foro privilegiado, relacionados a: 1) distância entre o local dos crimes e a sede do tribunal competente; 2) reduzida quantidade de desembargadores e ministros de tribunais; 3) dificuldades relacionadas ao início de investigações; 4) investigações de membros do Judiciário e do Ministério Público como atribuição das próprias instituições; 5) forma de escolha de desembargadores e ministros de tribunais vinculando-os ao Presidente da República; 6) declínios de competência durante a tramitação de inquéritos e ações penais. Conclui-se que é necessária a revogação do foro privilegiado por meio de emenda constitucional, a fim de que todas as pessoas sejam julgadas da mesma forma em nosso País, e que a impunidade, inclusive dos crimes de corrupção, seja reduzida.
Palavras-chave: Foro privilegiado
Poder judiciário
Inquérito policial
Investigação criminal
Corrupção
Notas: Inclui notas explicativas, bibliográficas e bibliografia.
Aparece nas coleções:Revista Brasileira de Ciências Policiais - RBCP

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